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Dinastia Carolingia
 
 
 
Em 754, Pepino lutou contra os lombardos na península Itálica e cedeu os territórios conquistados à Igreja, aumentando o poder do papa, que já ultrapassava os limites espirituais e passava para as coisas terrenas. Os territórios cedidos à Igreja ficaram conhecidos como Patrimônio de São Pedro, e mais tarde deram origem ao Estado do Vaticano.
 
 
 
Com a morte de Pepino, o reino ficou dividido entre seus dois filhos, Carlomano e Carlos Magno. Após a morte de Carlomano, em 771, Carlos Magno assume o controle do império e realiza várias conquistas, tomando parte da península Itálica, a Saxônia (parte da Alemanha), a Frísia (parte da atual Holanda) e a Catalunha (na Espanha). Vence os árabes muçulmanos e estabelece a marca de Hispânia ao sul dos Pirineus.
Essas conquistas dão a Carlos Magno um grande prestígio militar, o que leva o papa Leão III a pedir sua proteção, estabelecendo-se, dessa forma, uma forte aliança entre o imperador e a Igreja. No ano de 800, Carlos Magno é sagrado imperador pelo papa Leão III, em Roma, numa tentativa de restaurar a concepção de império.
   
   
   
 
 
 
O IMPÉRIO DE CARLOS MAGNO
Para tornar mais fácil a administração, Carlos Magno dividiu o império em condados, cujos administradores, os condes, eram nomeados diretamente pelo imperador e estavam ligados a ele por um juramento de fidelidade. Os condados sujeitavam-se à fiscalização dos missi dominici, funcionários do imperador que deviam inspecionar a administração de seus domínios e zelar pela aplicação das Leis Capitulares (decretos emitidos em capítulos por Carlos Magno).
 
 
 
A economia carolíngia era essencialmente agrícola. Porém, a estabilidade do império criou condições para um certo desenvolvimento econômico. Essa prosperidade foi acompanhada por um desenvolvimento cultural, que foi denominado Renascimento Carolíngio.Com a morte de Carlos Magno, em 814, assumiu o trono, Luís, o Piedoso. Luís tinha três filhos, e, com sua morte, o trono coube ao mais velho deles, Lotário. Apoiados nos costumes germânicos, que determinava a divisão do reino entre todos os filhos, os mais novos decidiram disputar o poder com o irmão herdeiro. Após muito tempo de luta, em 843 estabeleceu-se um acordo, o Tratado de Verdun, segundo o qual, a França Ocidental ficaria para Carlos, o Calvo, a França Oriental ficaria para Luís, o Germânico, e a França Central ficaria com Lotário, que conservou o título de imperador.
Essa divisão também contribuiu para o aparecimento do feudalismo, pois descentralizou o poder real e deu absoluta autoridade aos nobres dirigentes das províncias.Com a morte de Luís II, herdeiro de Lotário, a França Central foi dividida entre Luís, o Germânico, e Carlos, o Calvo, enfraquecendo ainda mais o império Carolíngio. Por essa época, novas invasões bárbaras devastavam a região e o rei não tinha mais condições de ajudar seus súditos. Alguns nobres, que se encarregaram da defesa do território, se destacaram nos combates. Em 987, com o profundo enfraquecimento dos carolíngios, Hugo Capeto, conde de Paris, é eleito pelos nobres para governar a França ocidental. Tem início a dinastia dos Capetíngios.No século X, os senhores feudais já exerciam, de fato, o poder político em toda a Europa central e o feudalismo já estava plenamente estabelecido.