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As Invasões Bárbaras
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Para os romanos, todos os povos que viviam além de suas fronteiras e que não falavam o latim, isto é, aqueles que não estavam submetidos ao Império Romano, eram bárbaros. Esse era o caso dos povos germânicos.
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Os germânicos eram sedentários e viviam do pastoreio e da agricultura, cultivando a terra que era comunitária. Não conheciam um Estado organizado e as tribos só possuíam um chefe em época de guerra. A vida social era orientada por leis consuetudinárias (isto é, baseadas nos costumes) transmitidas oralmente, já que a maioria desses povos desconhecia a escrita. Do ponto de vista religioso, eram animistas, ou seja, acreditavam nas forças da natureza.
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O contato desses povos com os romanos acelerou mudanças que já vinham ocorrendo nas comunidades bárbaras. Houve enriquecimento de algumas famílias e a terra tornou-se privada. Começaram a surgir diferenças sociais entre os membros das tribos e apareceu uma aristocracia proprietária de terras e dedicada à guerra. Aqueles que não tinham a posse da terra, os camponeses, submeteram-se a nova elite, passando a trabalhar para ela.
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Inicialmente, os contatos entre romanos e germanos foram pacíficos. A penetração bárbara no Império Romano teve início quando Otávio Augusto passou a recrutar germanos para integrar as legiões do exército romano. Romanos e bárbaros iniciaram então um convívio que seria relativamente pacífico até o século III.Porém, por volta do século V de nossa era, o Império Romano do Ocidente passava por uma grave crise e, enfraquecido, não tinha condições de proteger suas fronteiras, o que favoreceu a invasão de seu território por diversos povos bárbaros, dando início à formação de vários reinos bárbaros na Europa.
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Os vândalos atravessaram a fronteira do império no ano de 406, avançaram pela Gália e pela Espanha, até se estabelecerem no norte da África, em 429. A cidade de Hipona, capital provisória dos vândalos, foi o ponto de partida para a conquista da Tunísia, de Cartago e, mais tarde, da Córsega e da Sardenha. Os ostrogodos fixaram-se na Itália em 488, sob a liderança de Teodorico. Utilizaram-se das instituições romanas para a administração, restauraram cidades e monumentos, inclusive o Coliseu, alcançando um certo brilhantismo. Os visigodos em 419 formaram seu reino no sul da Gália e na península Ibérica. Porém, em 507 perderam a Gália para os francos, ficando restritos à península ibérica. Desapareceram em 711, quando o exército muçulmano derrotou-os na Batalha de Guadalete. Por volta de 450, os jutos (habitantes da Jutlândia), juntamente com os anglos e os saxões, desembarcaram na Inglaterra, região que já fora abandonada pelos romanos há 50 anos.
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Os anglo-saxões e os jutos formaram sete reinos que lutavam constantemente entre si, impedindo uma eventual unificação. Em 866 teve início uma invasão normanda (vikings) da região, o que acelerou a implantação, na Inglaterra, de um feudalismo típico.Os francos, originários da região da atual Bélgica, fixaram-se na Gália do Norte, onde se aliaram aos romanos. Formaram o reino de maior destaque da Europa bárbara. Os francos constituíram o reino mais poderoso da Europa ocidental e tiveram grande importância na formação do mundo medieval.
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