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Introdução
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...Ora, não percebeis que com os olhos alcançais toda a beleza do mundo? O olho é o senhor da astronomia e o autor da cosmografia; ele desvenda e corrige toda a arte da humanidade; conduz os homens as partes mais distantes do mundo; é o príncipe da matemática, e as ciências que o têm por fundamento são perfeitamente corretas. O olho mede a distância e o tamanho das estrelas; encontra os elementos e suas localizações; ele... deu origem a arquitetura, a perspectiva, e a divina arte da pintura. ...Que povos, que línguas poderão descrever completamente sua função! O olho é a janela do corpo humano pela qual ele abre os caminhos e se deleita com a beleza do mundo. Leonardo Da Vinci (1452-1519) A percepção visual se dá através dos olhos, que são os orgãos de recepção de luz, responsáveis em transformar a energia das ondas luminosas em energia adequada ao organismo - os impulsos nervosos bioelétricos. Assim, a percepção consciente pode ser conceituada como interpretação dos estímulos dos sentidos, que se constitui no que chamamos de percepção visual. Mas como vemos as cores dos objetos e do mundo que nos cerca? O olho humano percebe luz e cor pelo estímulo dos receptores presentes no fundo do olho, denominados cones e bastonetes. Os bastonetes são responsáveis pela visão noturna e operam sob condições de pouca luz, não sendo habilitado para distinguir cores. Já os cones são responsáveis pela visão das cores e operam sob luz diurna. Há, aproximadamente, 130 milhões de bastonetes e cones, na razão de 18 bastonetes para cada cone.
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Cada cone contém pigmentos visuais sensíveis a um dos três comprimentos de onda de luz: um tipo percebe vermelho, o outro verde e o outro o azul. As pessoas com visão de cores normal são capazes de combinar todas as cores do espectro através de misturas de uma das três cores, como mostrado na imagem ao lado. A percepção limitada das cores está presente quando um ou mais das 3 células do cone (vermelha, verde ou azul, as chamadas cores primárias) não funcionam adequadamente. A deficiência na visão de cores não causa limitação total para vermelho ou verde, mas uma dificuldade maior em diferenciar suas diversas tonalidades.
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As cores que vemos dependem de quanto cada espécie de cone é estimulada pela radiação luminosa: quando olhamos para a luz azul produzida por uma lâmpada azul, por exemplo, somente os cones sensíveis à cor azul enviam mensagens para o cérebro, que as interpreta como radiação luminosa azul. E assim para as luzes vermelha e verde, os cones respondendo da maneira mais intensa à cor a qual são mais sensíveis.
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Mas nem sempre é assim, porque certas pessoas apresentam problemas em avaliar as cores que observam. Isto ocorre porque a formação de cada cone é controlada hereditariamente. Um gene incomum pode causar deficiência parcial ou total na visão de cores. Esta deficiência é conhecida como daltonismo. Um pessoa daltônica não distingue a cor vermelha da cor verde, enxergando ambas como tons de cinza. Diz-se que ela tem "cegueira para as cores verde e vermelha". Esta é a forma mais comum da doença, chamada de deuteranomalia, que ocorre quando a pessoa confunde o verde com as outras tonalidades.
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Para dirigir, um motorista daltônico precisa memorizar a posição das cores do semáforo, já que olhando apenas as cores é impossível ela saber se o sinal está fechado ou aberto. Quanto aos semáforos de pedestres, a saída para os daltônicos se orientarem é acompanhar os demais pedestres, já que neste caso não há mudança de posição das luzes vermelha e verde do semáforo quando ele está fechado ou aberto. |
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Mas há casos ainda mais graves de daltonismo: em certos tipos bastante raros desta doença, as pessoas podem confundir as cores azul e amarela, bem como serem completamente "cegas" para as cores, vendo o mundo em tonalidades de preto, branco e cinza.
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Os homens são os que mais sofrem com esse desfalque de cores. Enquanto 8% deles apresentam algum grau de daltonismo, isso só ocorre com 0,4% das mulheres. E a explicação é genética. As mulheres carregam os genes defeituosos, mas a probabilidade de desenvolver o disturbio é menor do que os homens. O diagnóstico pode ser feito ainda na infância. Recomenda-se que os pais peçam para que a criança separe objetos do mesmo ton de cor. Se eles não se derem bem na tarefa, algo pode estar errado, mas um diagnóstico preciso só pode ser feito por um médico. Ninguém sabe direito como os portadores da disfunção convivem com o problema. Mas, em tese é possível passar a vida inteira sem notá-lo. Acredita-se que o daltônico desenvolve um padrão próprio para distinguir as cores O Federal Drug Administration (FDA), órgão americano reponsável por avaliar remédios e alimentos, aprovou a venda de óculos que amenizam o distúrbio. O novo instrumento representa um salto na qualidade de vida de quem convive com o mal diariamente, embora não signifique sua cura. As lentes especiais aumentam o brilho ou escurecem as cores, facilitando a distinção de cada uma. infelizmente nem todos que sofrem deste mal, poderão usufruir do invento, pois ela só ajuda nos casos em que o médico constata dificuldade para enxergar verde ou amarelo.
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O daltonismo foi descoberto pelo químico e físico John Dalton em 1794. Ele próprio era daltônico: ele percebeu que não conseguia distinguir algumas substâncias químicas pela sua cor, enquanto outras pessoas o faziam com facilidade. Esta é uma doença hereditária que atinge dificilmente as mulheres, atingindo 8% da população masculina, sendo que metade delas não tem conhecimento de que é portador. A maior parte dos daltônicos tem visão normal, no que se refere às demais características. Nos Estados Unidos, um dos poucos países que possuem estatística a respeito, um a cada doze homens são daltônicos. |
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Curiosidade: Para detectar o daltonismo, usa-se o teste de Ishihara, em que pontilhados coloridos formam determinados números ou letras. Os daltônicos vêem esta figura de maneira diferente das pessoas que têm visão normal para as cores.
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Conseqüências da doença O aluno portador de daltonismo pode encontrar dificuldades de interpretação de: - Gráficos
- Mapas
- Tabelas
- Bandeiras
- Trabalhar com computador
- Aulas de educação artística
Consequentemente, quando não há o diagnóstico precoce, pode haver baixo desempenho escolar do aluno daltônico. A importância da detecção precoce é orientar o paciente na convivência com o distúrbio, que infelizmente não tem cura.
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Você sabia que as três cores receptoras são chamadas por nomes gregos? Prótan é vermelho, dêutan é verde e tritan, azul. O daltonismo em números - 75% das pessoas com daltonismo têm uma percepção precária da cor verde
- 24% têm dificuldade com a cor vermelha
- apenas 1% são afetados pelo raro tipo tritan (azul)
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A importância das cores nas profissões - Pilotos aéreos não podem ser daltônicos
- Eletricistas poderão confundir os fios coloridos, roçando-os e provocando acidentes
- Em muitas cidades, os policiais não podem ser daltônicos
- Pintores podem confundir as cores das tintas
Fotógrafos, designers gráfico, e profissionais da área de publicidade podem apresentar dificuldades em seu trabalho - Alguns estados exigem que engenheiros ferroviários e pilotos de grandes navios tenham uma boa percepção das cores
- Alguns médicos encontram dificuldades para identificar doenças apresentadas em laudos coloridos
Mas, em compensação, o exército tem usado soldados daltônicos para perceberem os movimentos dos inimigos que se utilizam do recurso da camuflagem.
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A transmissão do gene :Dos avôs aos netos, por meio de suas mães O daltonismo é quase sempre hereditário. É causado por uma deficiência genética no cromossomo X. As mulheres, por terem uma cópia extra do gene, no seu segundo cromossomo X, são geralmente protegidas da aquisição desse distúrbio. Já os homens portadores transmitem o gene para todas as suas filhas, mas para nenhum de seus filhos. Assim, o daltonismo é passado de uma geração para a próxima por daltônicos do sexo masculino através de suas filhas, que os carregam, passando para os seus filhos. |
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