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A origem da vida
 
 
 
Os fósseis mais antigos que se conhecem têm uma idade estimada de 3,4 bilhões de anos. São fósseis de seres semelhantes a bactérias que, apesar de serem simples quando comparados a outros seres vivos, são muito mais complexos que qualquer estrutura inanimada. Mesmo assim, os cientistas procuram demonstrar que a vida se originou da matéria orgânica existente nos mares primordiais, formados logo depois do resfriamento da superfície terrestre há cerca de 4 bilhões de anos.
 
 
 
A primeira evidência experimental de que a vida poderia realmente ter surgido a partir de reações químicas entre elementos existentes na Terra primitiva foi obtida independentemente por Miller e Urey em 1953. Seus experimentos estão resumidos na figura ao lado.
   
   
   
 
 
 
Experiências semelhantes mostraram que é possível obter também açúcares, e bases nitrogenadas desta forma. Além disso, já foi demonstrado que estes produtos podem se unir formando partículas chamadas coacervados. Foi sugerido que estes coacervados tenham servido como proto-células, onde as proteínas e os ácidos nucléicos se encontraram pela primeira vez de forma estável.
 
 
 
No entanto, ainda não foi possível obter "in vitro" um ácido nucléico que codificasse uma proteína. Mas isso não invalida de forma alguma a teoria sobre o surgimento da vida a partir da matéria inanimada. Lembre-se que estas experiências vêm sendo realizadas há menos de 50 anos, enquanto que a natureza teve pelo menos quinhentos milhões de anos (dez milhões de vezes mais tempo) para realizar seu trabalho. Mesmo eventos muito raros (como a origem da vida) podem ocorrer quando se dispõe de um período de tempo tão grande. Além disso, os seres vivos se reproduzem. Portanto só foi preciso que a combinação correta de substâncias que formaram a primeira célula surgisse uma única vez em todo este tempo para que os organismos pudessem evoluir a partir dela.