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Desertos
 
 
 
Ocorrem em locais onde chove muito pouco e venta muito, podendo ser ambientes quentes ou frios. No deserto de Atacama (Chile), por exemplo, chegou a haver um período de 40 anos sem que caísse nenhuma chuva.
 
 
 
   
   
   
Os desertos representam cerca de 1/3 da superfície terrestre e estão espalhados pelo mundo, sendo que cerca de 13% da população mundial vivem neles. Muitas vezes, mesmo nos desertos quentes, à noite faz frio, pois o solo arenoso perde calor muito rapidamente. Apesar da aparência indicar o contrário, os solos geralmente são férteis, necessitando somente de água para se tornarem produtivos. As plantas e animais possuem adaptações para economia e armazenamento de água. As cactáceas são possivelmente as plantas perenes mais características dos desertos. Os animais mais numerosos nesses ambientes são os insetos. A fauna de vertebrados é representada sobretudo por répteis. Poucos mamíferos, como os camelos, dromedários e lhamas conseguem sobreviver em regiões desérticas. Muitas vezes há mamíferos que se escondem em tocas no subsolo, pois não há árvores grandes o suficiente para abrigá-los.
 
 
 
Como exemplos de desertos, podem ser citados o do Saara (o maior deserto do mundo) e o de Kalahari, na África; os de Mojave e de Sonora, na América do Norte; o Atacama, Altiplano e algumas regiões da Patagônia, na América do Sul. Na Ásia há o deserto de Gobi, estendendo-se pela Mongólia e China; muitas regiões da Ásia Central, como o Tibet, são desérticas, a despeito das baixas temperaturas; também Índia, Paquistão e Península Árabe são cobertos por áreas desérticas. A Austrália possui vários desertos em sua região central. As caatingas brasileiras, o chamado semi-árido, também são consideradas por alguns como regiões desérticas ou semidesérticas.

O principal problema de conservação envolvendo esses ecossistemas diz respeito ao crescente processo de desertificação das áreas adjacentes a eles. O Saara, por exemplo, teve nos últimos 50 anos uma expansão de 65 milhões de hectares. O principal responsável por esse processo é a retirada da vegetação original para instalação de plantações, sem tomar o cuidado de deixar o solo se recompor periodicamente. Assim, quando o solo fica esgotado, essas áreas são abandonadas, ficando sujeitas à desertificação.
 
 
 
   
   
   
Os Oásis
Os oásis são áreas férteis nos desertos, nas quais há fontes de água provenientes de lençóis freáticos subterrâneos. A água, na maioria das vezes, é proveniente de chuvas que escoam através das camadas de rocha situadas abaixo da superfície do solo. Os oásis podem ocorrer em qualquer deserto, variando desde pequenas regiões até vastas áreas de terra naturalmente úmida ou irrigada. Nos desertos arenosos eles são encontrados em locais mais baixos, onde a erosão permitiu que o lençol freático ficasse mais próximo da superfície. Nos desertos, tanto as plantas anuais quanto as perenes, de modo geral, possuem flores coloridas e grandes, o que atrai os insetos polinizadores. As plantas anuais têm um ciclo vegetativo curto, reproduzindo-se rapidamente e deixando sementes que só germinarão quando chover.