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Migrações
 
 
 
Alguns animais fazem jornadas anuais de milhares de quilômetros pela terra, ar ou mar e retornam a seus locais de origem. Uns o fazem em busca de comida, outros em busca de climas mais amenos para poderem ter seus filhotes com tranqüilidade. O que leva certas espécies a fazer tal jornada pode ser, até certo ponto, compreendido, mas os mecanismos que fazem com que estes animais não se percam e viagem sempre para o mesmo lugar e voltem, ainda são misteriosos.
Os salmões nascem nos rios, de onde saem para o oceano para viver sua vida adulta. Na época de reprodução, não importa o quão afastados estejam do rio onde nasceram, fazem a viagem de volta e desovam no mesmo lugar.
 
 
 
   
   
   
As tartarugas marinhas fazem algo parecido: nascem em uma determinada praia, saem dela e crescem e se desenvolvem no oceano. Algumas chegam a atravessar o Oceano Atlântico para colocar os ovos na praia em que nasceram (espécies marcadas no Brasil foram encontradas na costa da África).
 
 
 
As baleias Jubarte, que visitam o litoral brasileiro, vivem boa parte do ano na Antártida, onde se alimentam e vão para Abrolhos (no sul da Bahia) acasalar e ter seus filhotes durante os meses de inverno. Seus filhotes nascem frágeis e magros demais para suportar o inverno antártico. Quando estão no litoral da Bahia, eles mamam milhares de litros de leite por dia, crescem e engordam rapidamente até poderem finalmente voltar com suas mães para a Antártida. É uma viagem de mais de 10.000 km!
Acredita-se que alguns animais se locomovam com o auxílio do sol: eles sabem de que lado o sol nasce e de que lado ele se põe. O problema desse tipo de orientação é que o animal deve ter uma idéia exata da hora do dia, ou seja, deve ter seu relógio biológico muito bem controlado para saber quando é de manhã e quando é de tarde. Outros animais devem ter um sistema deste tipo, mas como viajam à noite, devem guiar-se pelas estrelas.
Alguns cientistas acreditam que certos animais possuem um sistema de percepção magnética, que lhes permite “saber” a que distância estão do pólo magnético da terra e portanto saber se estão se deslocando para o norte ou para o sul. Acredita-se que as tartarugas marinhas se orientem por este tipo de sistema, graças à existência de magnetorreceptores, somado a um olfato poderoso, que as guia nos quilômetros finais.
É isso mesmo que você está pensando! Um ser humano, sem o auxílio de pelo menos parte de todo o equipamento que inventou, é incapaz de fazer estas grandes viagens e voltar precisamente para o mesmo lugar. Como não estamos equipados com estes fantásticos sistemas de orientação apresentados por alguns animais, temos de nos contentar com a tecnologia para nos ajudar a viajar.