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Na face ventral dos segmentos 6, 7 e 8 há três pares de orifícios, que são os receptáculos seminais, aberturas de bolsas musculosas que armazenam os espermatozóides recebidos de outro indivíduo durante a cópula. Como as minhocas são hermafroditas, uma introduz esperma nos receptáculos seminais da outra, simultaneamente, durante o ato sexual.
Os poros genitais femininos localizam-se na região do clitelo. Estes poros se conectam internamente aos ovidutos, que captam os óvulos produzidos por um par de ovários e conduzem estes óvulos até os poros. Os espermatozóides produzidos pelos testículos da minhoca migram para as vesículas seminais, onde ficam armazenados. Durante a cópula, os espermatozóides são conduzidos pelos tubos seminíferos e passam pelas glândulas prostáticas, onde se misturam a líquidos nutritivos. A mistura dos espermatozóides com este líquido forma o esperma, que é eliminado pelos poros genitais masculinos. Junto aos poros seminais, na parte externa do corpo, há duas ou três estruturas semelhantes a ventosas (as papilas genitais), cuja função é manter as minhocas unidas durante o acasalamento.
Depois da cópula, as minhocas se separam, e, logo após, cada uma secreta um tubo mucoso em volta do clitelo. Alguns óvulos são eliminados neste tubo. Contrações do corpo empurram este tubo em direção à extremidade anterior. Quando o tubo passa pelos receptáculos seminais, estes esguicham o esperma sobre os óvulos, de onde concluímos que a fecundação é externa, apesar de haver cópula. Uma vez fora do corpo do animal, o tubo se transforma num casulo, onde os ovos se desenvolvem. Não há estágio larval, portanto, as minhocas apresentam desenvolvimento direto.
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