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Classificação biológica
 
 
 
A idéia de classificar os seres vivos já existia muito antes que se aceitasse que eles poderiam evoluir. Ao observar a natureza, os homens se depararam com a enorme diversidade biológica existente. Assim, começaram a sentir necessidade de organizar os seres em grupos, na tentativa de entendê-los melhor e tornar mais prático seu estudo. A primeira tentativa de classificar todos os seres vivos é atribuída a Aristóteles, mais de trezentos anos antes de Cristo. No entanto, é sabido que em praticamente todas as comunidades ditas "primitivas", como as indígenas, existem diferentes tipos de classificações biológicas, baseadas em diversos critérios associados às semelhanças observadas entre os seres. Por isso, alguns antropólogos e outros estudiosos acreditam que esta seja uma tendência natural do homem, que sente necessidade de encontrar padrões na natureza, a fim de organizar as coisas para melhor compreendê-las.
 
 
 
A moderna taxonomia (ciência que classifica os seres vivos) surgiu com o naturalista sueco Carl von Lineu, em 1735. Segundo o sistema de Lineu, os seres vivos são agrupados em categorias dentro de outras categorias mais inclusivas. Assim, a maior categoria taxonômica é o reino , que possui muitos filos. Cada filo, por sua vez, possui diversas classes; cada classe tem várias ordens; cada ordem com várias famílias, e cada família possui diferentes gêneros. Dentro de cada gênero há as espécies. Assim, espécie é o menor nível de classificação taxonômica. Esse sistema de classificação obedece a algumas regras, o que permite que os cientistas no mundo todo se entendam.
   
   
   
 
 
 
Lineu, como a maioria dos cientistas de sua época, não acreditava na possibilidade de evolução dos seres vivos. Só em 1879 o naturalista Ernest Haeckel publicou a árvore filogenética, mostrada ao lado, juntando a taxonomia com a nova ciência da evolução.
   
   
   
 
 
 
Originalmente, a taxonomia era feita com base meramente em semelhanças e diferenças na forma dos organismos. Atualmente, os taxonomistas procuram agrupar os seres com base no parentesco evolutivo. Quanto mais recente for o parentesco evolutivo entre duas espécies, mais próxima será a classificação delas. No entanto, muitas vezes as semelhanças morfológicas de fato refletem as semelhanças genéticas. Assim, em muitos grupos, a classificação tem permanecido a mesma; em outros casos ela vem sendo totalmente modificada. De modo geral, quando chega-se à conclusão de que um determinado grupo taxonômico não reflete parentesco, a classificação deve ser alterada. Para determinar o parentesco evolutivo, e portanto a classificação de uma espécie, são usadas muitas técnicas, que você pode conhecer melhor aqui.