|
Mesmo empreendendo medidas para a abertura política e o retorno da democracia, ainda persistiram, no governo Geisel, a repressão e a tortura. O caso mais conhecido foi a morte do jornalista Vladimir Herzog. Em outubro de 1975, Herzog, que era chefe do Departamento de Jornalismo da TV Cultura em São Paulo, foi acusado de participar da oposição. O jornalista nunca havia se envolvido efetivamente com manifestações contrárias ao governo ou com guerrilhas. Após a prisão e sessões de tortura, Herzog foi morto. Para evitar escândalo, o que desgastaria ainda mais a imagem do governo, a polícia alegou suicídio. Herzog teria se matado com o próprio cinto, num local sem espaço para a concretização de um enforcamento. Os militares prepararam a cena da maneira mais absurda possível. Após o enterro do jornalista, uma grande manifestação com mais de 8 mil pessoas (o primeiro ato público após 1968) aconteceu na Catedral da Sé, em São Paulo. A morte de Herzog aumentou a insatisfação popular frente aos desmandos militares.
|
|
|