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A revolta popular de 1904
 
 
 
Rodrigues Alves dedicou-se a reurbanização da capital federal em seu governo. O Rio de Janeiro deveria ser reconstruído nos moldes das belas cidades européias, principalmente Paris. A avenida Central– hoje Rio Branco – era o maior exemplo da remodelação inspirada nos bulevares franceses.
Para que prédios luxuosos e ruas alargadas fossem construídos, foi preciso expulsar os habitantes pobres da região a ser remodelada. Derrubaram cortiços e seus moradores foram encaminhados para as áreas periféricas da cidade.
Esse fato provocou um crescente descontentamento popular que chegou ao ápice quando, em outubro de 1904, o presidente executou o projeto do sanitarista Oswaldo Cruz que visava o saneamento da cidade para combater malária, febre amarela e peste bubônica. Rodrigues Alves instituiu uma medida que obrigava toda a população a se submeter à vacinação.
   
   
   
 
 
 
O decreto fez com que o povo se manifestasse contra a vacinação, rebelando-se. O conflito também ficou conhecido como A Revolta da Vacina. A população temia os efeitos da vacinação (método ainda desconhecido) e não concordava com a exposição de seus corpos aos agentes de saúde. Sentindo-se oprimidos pela obrigatoriedade da medida, populares invadiram ruas e combateram por uma semana, quando o exército reprimiu o movimento.