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Ludismo e cartismo
 
 
 
Na Inglaterra, a Revolução Industrial trouxe várias mudanças. As cidades abrigaram grande contingente de miseráveis, muitos vindos do campo. Eram expulsos pela instalação de latifúndios. A condição de vida dos operários era péssima. Trabalhavam em locais insalubres, com jornadas muitas vezes superiores a 14 horas e sem legislação.
Os operários também tinham grandes dificuldades, causadas pela crise das guerras napoleônicas. Essas guerras levaram o país às crises econômica e financeira, com aumento de preços de alimentos e impostos.
Freqüentemente, os industriais preferiam o trabalho de mulheres e crianças (mão-de-obra mais barata). A mecanização aumentava a produtividade e os lucros, mas fazia crescer o desemprego. As máquinas passaram a ser vistas pelos operários como a causadora da crise e da miséria que enfrentavam.
 
 
 
Ned Ludd, trabalhador em Nottingham, liderou o movimento luddita ou luddismo, que consistia na quebra de máquinas para o fim da miséria social. Os industriais ficaram aterrorizados com os prejuízos e os ludittas, punidos com a pena de morte. A insatisfação cresceu e se formaram as primeiras organizações trabalhistas, as trade-unions.
A partir de 1837, iniciou-se a nova fase no movimento operário europeu com o cartismo, que reivindicava reformas nas condições de trabalho (limitação da jornada) e direitos políticos (sufrágio universal masculino, voto secreto, representação política dos operários, renovação anual do Parlamento).
As exigências foram publicadas na chamada Carta do Povo, redigida pela Associação de Operários (que era ilegal). O movimento, que significava a tentativa concreta de organizar a classe trabalhadora, foi o embrião do sindicalismo inglês, que se formou mais tarde.
   
   
  trabalhadores: Operários trabalham em metalúrgica alemã em 1849  
 
 
 
Os operários também se organizaram em partidos políticos, se unindo em grupos internacionais para lutar por sua causa, dando origem às Internacionais operárias.