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Introdução - Renascimento Urbano
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Durante o período de ressurgimento do comércio europeu, os antigos centros urbanos romanos renasceram ou novas cidades foram criadas nas encruzilhadas das rotas comerciais, os chamados burgos.Muitas das aglomerações urbanas situavam-se dentro dos feudos ou ao redor dos castelos e deveriam pagar impostos ao senhor feudal. Com a crescente expansão das cidades, iniciou-se um conflito entre os moradores dos burgos contra a submissão ao senhor feudal. A busca pela independência (autonomia urbana) mobilizou a população desses centros do século XI ao XIII e ficou conhecida como movimento comunal. As cidades que conseguiam sua independência recebiam um documento de emancipação, a Carta de Franquia.
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Uma vez obtida a autonomia, as atividades comerciais das cidades se desenvolviam mais intensamente e com mais liberdade. Surgiram associações de mercadores (ou guildas), que controlavam o comércio local, os preços, a monopolização etc., e corporações de ofício, que reuniam os trabalhadores por especialidade, com o objetivo de impedir a concorrência entre fabricantes de um mesmo produto.
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Camponeses
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As corporações de oficio possuíam uma estrutura rígida e hierarquizada: o mestre-artesão, proprietário da oficina, dos materiais e do processo de produção; os companheiros ou oficiais, auxiliares das oficinas que eram remunerados e poderiam se tornar artesãos; e os aprendizes, jovens que aprendiam a profissão sem receber remuneração, trabalhando em troca de alimentação, alojamento e vestuário.
O pensamento religioso do período, dominado pela escolástica , rejeitava e condenava o lucro, afirmando que as mercadorias deveriam apresentar o “preço justo”, ou seja, o valor da matéria-prima acrescido do valor da mão-de-obra empregada. Assim, o desenvolvimento do comércio ocorreu lentamente, pois essa mentalidade inibia a acumulação de capital, essencial para o enriquecimento dos burgueses e o aparecimento do capitalismo, sistema econômico do período posterior.
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