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A difração da luz
 
 
 
Parece natural se esperar que a luz, ao encontrar um obstáculo em seu caminho, projete além dele uma sombra de contornos nítidos e bem definidos:
   
   
   
 
 
 
 
Geralmente, é isto o que acontece. Mas se a fenda for muito estreita, observaremos um fenômeno muito curioso.
 
 
 
Para ver isto, vamos iluminar com um feixe monocromático e de raios paralelos um pedaço de cartolina, no qual há uma pequena abertura regulável. Além da cartolina colocamos uma tela, onde a luz que passará pela abertura será projetada:
   
   
   
 
 
 
 
Se a fenda (abertura) é larga o bastante, veremos surgir sobre a tela uma tira luminosa de contornos bem definidos. Mas o que acontece à medida que estreitamos a abertura da fenda?
 
 
 
À medida que estreitamos a abertura, a tira luminosa, ao invés de diminuir, como esperávamos, se alarga. A luz invade a região que deveria ser de sombra, este efeito sendo tanto mais acentuado quanto mais estreita é a abertura:
   
   
   
 
 
 
 
Este fenômeno, em que a luz contorna obstáculos e invade a zona de sombra é chamado de difração da luz. Este é um fenômeno típico de ondas, que não pode ser explicado pela Teoria Corpuscular da Luz [Link: 6_3_1 Introdução Geral].
 
 
 
Curiosidade: Além da luz, o som também se difrata. Por exemplo, conseguimos escutar a voz de alguém que fala conosco através de uma porta ou de uma parede, por exemplo, devido à difração do som, porque este tem a propriedade de contornar obstáculos, como a porta e a parede. Da mesma maneira, conseguimos ouvir uma conversa proveniente de um lugar relativamente afastado de nós, como por exemplo quando ouvimos o que um professor está falando aos alunos de uma sala distante da nossa, porque as ondas sonoras, além de se refletirem, difratam-se ao encontrar obstáculos e aberturas, contornando-os.