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Raios X
 
 
 
Os raios X foram descobertos, acidentalmente, no final do século XIX, pelo físico alemão Wilhelm Roentgen (1845-1923) e foram denominados assim porque ele não conhecia a natureza das radiações que havia descoberto! Os raios X têm comprimentos de onda entre e e são produzidos em tubos de vácuo, onde um feixe de elétrons é submetido a uma rápida desaceleração ao colidir (“bater de frente”) contra um alvo metálico:
   
   
   
 
 
 
 
Os raios X têm a propriedade de atravessar, com relativa facilidade, materiais de baixa densidade, como a carne de uma pessoa. Por isso, eles são absorvidos pelos ossos, que são constituídos por elementos mais pesados como o cálcio. Somente os raios que ultrapassam o corpo alcançam uma chapa fotográfica e a impressionam. Obtém-se desse modo uma imagem onde as “sombras” correspondem aos ossos.
Curiosidade: estas foram umas das primeiras radiografias obtidas por Roentgen utilizando raios X. A imagem de cima mostra a mão esquerda de sua esposa, Bertha. Na imagem de baixo, Roentgen tirou a radiografia de seu rifle de caça e observou uma pequena falha interna. Com isso, ele antecipou um dos usos atuais dos raios-X: descobrir falhas internas em peças industriais.
   
   
   
 
 
 
 
Em ciência, os raios X são usados para se obter informações sobre a estrutura de cristais e de outras substâncias, também chamada de cristalografia de raio X. Esta técnica é muito usada para se descobrir a estrutura das substâncias, além de ser muito útil no estudo de novos medicamentos e produtos. Este método permitiu que, em 1950, os biólogos Francis Crick, James Watson e Maurice Wilkins descobrissem a estrutura em forma de hélice do ácido desoxirribonucleico (DNA), a molécula que contém todas as nossas informações genéticas.
  Você sabia que Roentgen também radiografou uma caixa de madeira fechada com peças metálicas no interior? Fez, portanto, o que hoje se vê nos aeroportos, onde as bagagens são radiografadas pelo pessoal da segurança.  
 
 
 

Importante: Quanto menor for o comprimento de onda dos raios X, maior será a sua penetração na matéria. Esta propriedade é que permite estudar com estes raios estruturas não aparentes, como, por exemplo, o interior do corpo humano e as falhas em estruturas metálicas.