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Estrutura de genes e cromossomos
 
 
 
Desde as primeiras décadas deste século, os biólogos sabiam que os genes estavam situados nos cromossomos. Já se supunha também que os genes determinavam os caracteres produzindo enzimas, que são proteínas capazes de catalisar as reações químicas do metabolismo celular. Faltava porém descobrir que material presente nos cromossomos permitia que os genes realizassem suas duas principais funções, que são:
  • armazenar a informação para a construção das proteínas;
  • passar esta informação à próxima geração

Já se sabia que os cromossomos eram formados principalmente por duas substâncias: proteínas e ácidos desoxirribonucléicos (DNA). Como as proteínas são formadas pela combinação de mais de 20 aminoácidos, enquanto o DNA é formado pela combinação de apenas 4 moléculas diferentes, chamadas bases nitrogenadas, as proteínas podem assumir uma variedade muito maior de formas. Por isso, a maioria dos cientistas da primeira metade do século acreditava que as proteínas presentes nos cromossomos eram o material genético, mesmo não tendo nenhuma idéia de como elas podiam realizar as funções citadas acima. Esta idéia começou a mudar a partir da experiência realizada em 1944 por Oswald Avery, C. M. MacLeod e M. McCarty. Eles demonstraram que o DNA de uma linhagem de bactérias causadoras de pneumonia em ratos podia transformar bactérias de linhagens não patogênicas em patogênicas. As proteínas, por outro lado, não podiam fazer a mesma transformação. Oito anos depois, Alfred Hershey e Martha Chase demonstraram que quando um vírus (formado apenas por DNA e proteínas) infecta uma bactéria, a única parte dele que a invade é o DNA. Assim, o vírus consegue induzir a bactéria infectada a produzir muitas cópias de seu DNA, além das proteínas que formam seu "corpo". Estes dois experimentos deixavam claro que o DNA, embora fosse relativamente simples quando comparado com as proteínas, era o verdadeiro material genético.
 
 
 
Embora fosse conhecido desde o fim do século XIX, e tivesse sido estudado durante toda a primeira metade do século XX, foi só a partir das descobertas de Watson e Crick que o DNA foi definitivamente reconhecido como o material genético. Afinal, o modelo proposto pelos dois para esta substância podia explicar tanto a transmissão dos genes entre as gerações quanto a codificação dos caracteres pelos genes. Siga em frente para saber como a dupla hélice em espiral do DNA pode explicar estes fenômenos.
  Mas a descoberta que finalmente convenceu a comunidade científica de que o DNA era o material formador dos genes foi feita em 1953 por Watson e Crick. Eles conseguiram determinar como as quatro bases nitrogenadas se combinam para formar o DNA. Esta descoberta, considerada uma das mais importantes da genética, eliminou qualquer dúvida sobre o papel do DNA. Como você poderá ver clickando aqui, a estrutura descoberta por Watson e Crick revela facilmente com o DNA pode se duplicar e como pode servir de "código" para guiar a construção das enzimas e outras proteínas.  
 
 
 
Para saber mais sobre este assunto acesse os links:
Conheça em detalhes as experiências que provaram que o DNA era o material genético
Como foram descobertas as enzimas que controlam o todo metabolismo celular