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As sinapses químicas podem ser excitadoras ou inibidoras, dependendo do receptor pós-sináptico.
Receptores de sinapses excitadoras abrem seus canais de sódio (Na+), deixando que o Na+ entre e despolarize a célula pós-sináptica. O resultado é um potencial pós-sináptico excitator. A célula pós-sináptica dispara então um potencial de ação. Este potencial de ação só é suficiente para levar adiante o impulso nervoso se a célula pós sináptica recebe-lo de várias terminações do axônio (pré-sináptico).
Nas sinapses inibidoras, os receptores pós-sinápticos operam outros tipos de canais de íons quando chegam os neurotransmissores. Alguns abrem canais de potássio (K+), causando a hiperpolarização da membrana, ao invés da despolarização da sinapse excitadora. Quando uma sinapse inibidora está ativa, será necessário um estímulo excitatório muito mais forte para produzir a despolarização da membrana e disparar o potencial de ação.
As sinapses inibidoras são bastante comuns no cérebro, elas servem para parar atividades no sistema nervoso. Um bom exemplo de sinapses inibidoras são as que ocorrem em alguns órgãos dos sentidos, que suprimem algumas informações que captam para que outras se tornem mais evidentes e possamos percebê-las. Nossos olhos, por exemplo, são muito sensíveis ao movimento porque as sinapses inibidoras suprimem informações dos receptores que não detectam mudanças, fazendo com que os sinais dos receptores que vêem mudanças sejam muito mais fortes.
As sinapses elétricas são aquelas que não necessitam de moléculas transmissoras. Neste tipo de sinapse as duas células são conectadas por junções, e uma corrente elétrica flui de uma célula para a outra por esta junção de citoplasmas. Ao contrário das sinapses químicas, as sinapses elétricas são muito rápidas e ocorrem em ambas as direções. Elas ocorrem entre alguns neurônios responsáveis por nosso senso de equilíbrio.
Algumas sinapses são mistas, contando tanto com as junções rápidas quanto com as lentas sinapses químicas, o que prolonga a mensagem.
Se as sinapses elétricas são tão eficientes, por que os animais têm sinapses químicas afinal? A razão parece ser que as sinapses químicas permitem o processamento de informações mais complexas e variadas. As sinapses elétricas só podem ser excitadoras, enquanto que as químicas podem ser excitadoras e inibidoras. Ativando diferentes combinações de sinapses inibidoras e excitadoras, é possível bloquear, intensificar, tornar mais curtos ou prolongar a resposta a um determinado sinal. Isto faz com que o sistema nervoso como um todo ajuste a intensidade da resposta do animal, ou leve a uma diferente resposta, dependendo das circunstâncias.
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