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Detalhes sobre a ventilação nas aves
 
 
 
Os pulmões das aves não terminam em alvéolos como os dos mamíferos. Ao invés disso, os brônquios se dividem em tubos ainda menores, os parabrônquios, abertos em ambas as extremidades.
As paredes dos parabrônquios são perfuradas por tubos menores ainda, os capilares aéreos, que formam a verdadeira superfície respiratória. Note que o ar só passa pelos parabrônquios uma vez, sempre vindo do saco aéreo posterior e conseqüentemente sempre sendo renovado, ao contrário do que acontece com outros vertebrados.
O sistema respiratório das aves é organizado de forma tal que ocorrem dois ciclos de inpiração e expiração para que cada entrada de ar complete o circuito. Este tipo de fluxo de ar tem duas importâncias fundamentais:

  1. A concentração de O2 no ar em contato com a superfície respiratória é bem maior do que a de outros vertebrados.

  2. O fluxo de ar nos pulmões segue sempre a mesma direção, de forma análoga ao que acontece com as guelras dos peixes, que precisam de máxima eficiência na ventilação pela baixa concentração de O2 na água.


- curiosidade - você sabia que um mamífero e uma ave do mesmo tamanho em repouso possuem taxas metabólicas similares e o mesmo consumo de O2? Só para se ter uma idéia de como a ventilação das aves é mais eficiente, os pulmões da ave medem menos da metade dos pulmões do mamífero e cada respiração dela capta 2/3 a mais de ar a cada inspirada.