Biologia » Plantas » Introdução
 
 
Aspectos gerais da reprodução nos seres vivos
 
 
 
A reprodução sexuada é caracterizada pela união de dois gametas formando uma nova célula, o zigoto (ou célula-ovo). Esse fenômeno é chamado de fecundação. O essencial na reprodução sexuada é que ocorre a fusão dos núcleos dos gametas, o que resulta em novas combinações de cromossomos no descendente. Este fator contribui para a manutenção da variabilidade genética nas populações biológicas. Entre os seres mais simples existem aqueles que possuem gametas idênticos no aspecto e no comportamento. Este tipo de reprodução é chamado isogamia (iso=igual + gamos=casamento). Assim, não necessariamente a reprodução sexuada envolve a presença de sexo masculino e feminino (caso que chamamos de anisogamia). Também devemos entender que reprodução sexuada não é o mesmo que cópula ou ato sexual. A união de dois gametas nem sempre envolve o ato sexual. Um exemplo é o que acontece em alguns moluscos marinhos que, estimulados pelo ambiente, liberam os gametas na água, onde ocorre a fecundação. Também em organismos sésseis, como os corais e as plantas, há reprodução sexuada mas a cópula não existe.

No entanto, na maioria dos organismos, as duas células gaméticas são bem diferentes. Geralmente os gametas femininos são grandes e imóveis, e quase sempre possuem reservas nutritivas. São chamados de óvulos nos animais e oosferas nos vegetais. Já os gametas masculinos são pequenos, geralmente têm mobilidade e seu conteúdo é quase que exclusivamente material nuclear. São chamados espermatozóides nos animais e anterozóides na maioria dos vegetais. Esta modalidade de reprodução sexuada é denominada oogamia.
 
 
 
Em quase todos os seres vivos as células somáticas, ou seja, aquelas que constituem o corpo do indivíduo têm o dobro do número de cromossomos presente nas células gaméticas. Nos seres humanos, por exemplo, as células somáticas têm 46 cromossomos, enquanto que os gametas têm 23. Quando os núcleos dos gametas se unem, a célula resultante volta a ter os 46 cromossomos. Assim, pode-se perceber que esses 46 cromossomos na verdade representam 23 pares. Por esta razão dizemos que nos humanos os gametas são haplóides (n) e as células somáticas são diplóides (2n), sendo que os pares de cromossomos equivalentes são chamados de cromossomos homólogos, que são iguais na forma e têm genes correspondentes (alelos).
  O tipo de divisão que "transforma" células diplóides em células haplóides é a meiose.
Para saber mais sobre cromossomos, genes alelos e meiose, veja os tópicos abordados em genética clicando aqui.
 
 
 
 
Um ser vivo pode reproduzir-se sexuadamente ou assexuadamente. Algumas espécies apresentam exclusivamente um desses modos de reprodução; outras espécies podem apresentar os dois modos simultaneamente.
Os esporos, assim como os gametas, são células haplóides envolvidas na reprodução. No entanto, os esporos não se fundem com outros esporos. Logo, eles estão relacionados à b>reprodução assexuada. Um ser vivo pode produzir gametas, para reprodução sexuada, ou esporos, para reprodução assexuada. Um exemplo disso é a alga verde de água doce Ulothrix sp.
 
 
 
Mas, cuidado! Os esporos podem estar presentes também em ciclos de reprodução sexuada. As plantas, por apresentarem alternância de gerações, produzem esporos e gametas num só ciclo reprodutivo. A reprodução assexuada pode ocorrer basicamente de duas outras formas além da produção de esporos.
  Muitos seres vivos apresentam-se na fase adulta como indivíduos diplóides. Entretanto, há outros tipos de ciclo de vida em que os indivíduos adultos podem ser haplóides. Há também alguns ciclos de vida em que ocorre alternância entre uma fase haplóide e outra diplóide. Conheça em detalhe os ciclos de vida.  
 
 
 
Folhas ou ramos de plantas podem ser destacados de sua planta-mãe e produzir novos indivíduos completos, como ocorre nas violetas, nas roseiras e nos Hibiscus, dentre uma infinidade de espécies vegetais que se reproduzem assexuadamente por “mudas”. Isto pode ocorrer também em alguns animais. Na planária, por exemplo, pode-se separar pedaços do corpo e cada pedaço se regenera, originando um novo indivíduo.
Certos organismos podem formar uma protuberância que cresce e toma forma igual à do adulto antes de se separar do corpo do indivíduo parental. As gramas (vegetal), as hidras (animal) e as leveduras (fungo) são exemplos de organismos que podem se reproduzir assexuadamente através de brotamento.